A cirurgia bariátrica não visa só o emagrecimento. Há algum tempo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou seu uso para pacientes que não conseguem controlar o diabetes tipo 2, desde que tenham um índice de massa corporal (IMC) acima de 35 – ensinamos a calcular o seu valor no fim da reportagem, mas estamos falando de casos de casos de obesidade severa.
A novidade? Um parecer da mesma entidade acaba de liberar a técnica para vítimas dessa doença com IMC entre 30 e 34,9, considerados obesos de ( Obesidade ) grau 1. Ou seja, para diabéticos do tipo 2 menos cheinhos ( obesos )
Antes de entrar na decisão em si e na polêmica por trás dela, convém dar magnitude à mudança com um exemplo. Um indivíduo com níveis de glicose descontrolados de 1,75 metro teria de pesar 107 quilos para chegar àquele limite de 35. Agora que o sarrafo ( limite )baixou ( do IMC para 30, esse mesmo enfermo poderia ir para a faca ( poderia ser operado ) a partir dos 92 quilos.
Estimam-se que 70 a 80% dos diabéticos do tipo 2 têm menos do que 35 no IMC. Nem todos são candidatos para o procedimento, mas o acesso ao tratamento foi ampliado.
Para justificar a mudança, o relatório do CFM reitera que essa operação ajuda, sim, a reduzir as taxas de glicose. Primeiro porque, claro, ela contribui para a perda de peso, uma medida fundamental no manejo do diabetes tipo 2. Segundo porque estimula a produção de substâncias corporais que,reduzem a resistência à insulina e preservam o pâncreas, o órgão que produz esse hormônio.
Em um parecer que serviu de base para o documento do CFM, membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – assim como de outras instituições – escrevem que, segundo trabalhos científicos, o tratamento cirúrgico normaliza a glicemia de diabéticos em 81% das vezes em um período de três anos. Outro artigo associa o procedimento a níveis glicêmicos normais durante ao menos dez anos em 36% dos casos sem o uso de medicações.
Esta resolução, agora publicada no Brasil já é aceita em outros países que já aderiram a essa alteração foram usados de exemplo. A Inglaterra e os Estados Unidos estão entre eles.
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