Para começar nossa conversa é importante diferenciarmos a tristeza experimentada nos momentos difíceis, em especial neste ano de 2020, da enorme falta de prazer e motivação e da sensação permanente de vazio e melancolia que as pessoas com depressão sentem. Existem muitos relatos de pacientes deprimidos que não chegam nem mesmo a se sentir tristes. Entretanto, não conseguem achar graça em coisa nenhuma, não tem energia para fazer nada e em graus mais severos, não veem sentido para a vida.
Obesidade X Depressão
A obesidade contribui para um cenário disfuncional na vida de um indivíduo. E, assim, gradativamente vai estabelecendo limites importantes na sua mobilidade. A partir daí se aproxima de uma relação possível com a depressão, que pode ser mais facilmente reforçada a partir do sentimento de vergonha e desvalorização do próprio corpo. Desta forma, contribuindo para o comprometimento das relações sociais e de trabalho, surgimento do estigma e da baixa autoestima.
Nem todo obeso chega a desenvolver uma depressão, por isso não podemos falar de uma relação direta, pois embora a obesidade seja um fator de risco não há um padrão exclusivo de personalidade que possamos atribuir ao obeso.
Controle das emoções
O preparo emocional , ou seja, a forma como as pessoas reagem a problemas, traumas e a momentos desafiadores, bem como a forma como assumem responsabilidades e tomam decisões acabam por diferenciar os recursos psicológicos que as ajudam a identificar os fatos que a levaram a ficar deprimida e lutar contra ela.
A depressão é tão recidivante quanto a obesidade e quando um paciente deprime precisará frear a marcha da depressão assim como controlar seu peso. Sendo assim, iniciando logo um tratamento especializado, que muitas vezes envolve a combinação de um tratamento medicamentoso e psicoterapia.
A mudança comportamental que o controle da Obesidade exige pode não estar sendo alcançada ou se sustentando em longo prazo justamente por um aspecto psicológico que está sendo desconsiderado ou pela comorbidade de um transtorno como a depressão que pode e precisa ser tratado, procure ajuda se identificar sinais alarmantes.
Loise Ataliba
Psicóloga Clínica
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