A obesidade é considerada uma epidemia global. O número de casos de sobrepeso aumenta ano após ano, assim como o das doenças relacionadas – diabetes, hipertensão, apneia do sono e várias outras ( veja a lista completa ) –, piorando a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo e, em casos mais severos de obesidade mórbida, levando até mesmo à morte.
Somente no Brasil, segundo o relatório Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe , produzido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e lançado em janeiro de 2017, mais da metade da população está acima do peso, enquanto 20% dos adultos são obesos.
Diante desse quadro, é cada vez maior o número de pessoas que recorrem à cirurgia bariátrica e metabólica – também conhecida como cirurgia da obesidade ou, popularmente, cirurgia de redução de estômago – a fim de perder peso e melhorar a qualidade de vida.
O Brasil é o segundo país em número de cirurgias, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), foram realizados no país, em 2016, mais de 100 mil procedimentos – crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior. O Conselho Federal de Medicina (CFM), na Resolução n° 2.116/2015, reconhece essa especialidade como área de atuação, vinculada à cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia geral.
A cirurgia bariátrica e metabólica reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por esse problema, as chamadas comorbidades.
Segundos dados de 2013 da SBCBM, 95% dos pacientes se mostraram satisfeitos com os resultados da cirurgia, que é considerada de baixo risco.
O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes que atendam às determinações do Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto ao índice de massa corporal (IMC) – maior que 40 ou entre 35 e 40 com comorbidades – e que tenham falhado em tratamentos clínicos (exercícios físicos, reeducação alimentar, medicamentos e outros).
Chamam-se comorbidades associadas à obesidade aquelas doenças que são provocadas ou agravadas pelo sobrepeso do paciente. A cirurgia bariátrica pode levar ao controle ou até mesmo, em alguns casos, à cura dessas enfermidades.
Confira aqui a lista completa das mais de 20 comorbidades que poderão ter indicação para realização da cirurgia bariátrica, de acordo com a Resolução nº 2.131/2015, do CFM.
Não há limitação de idade para se submeter ao procedimento, mas, em geral, os cirurgiões passam a considerar a possibilidade de indicação para pessoas acima de 16 anos.
Em idosos, muito mais que a idade, existe uma preocupação com a condição clínica do paciente para se submeter à operação, o que é determinado após avaliação de risco cirúrgico.
Esse preparo sempre deve ser feito de modo multidisciplinar, envolvendo, além do cirurgião, médicos de outras especialidades (cardiologista e endocrinologista), preparador físico, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo, entre outros.
Existem diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos, que podem ser feitos por abordagem aberta ou videolaparoscopia (método menos invasivo e com mais rápida recuperação pós-cirúrgica). As escolhas caberão ao cirurgião bariátrico, em acordo com o paciente e sua família, segundo o perfil do candidato à cirurgia.
Basicamente, existem três técnicas cirúrgicas para perda de peso:
Entre os tratamentos não cirúrgicos, o mais utilizado é o balão gástrico. Trata-se de uma prótese de silicone introduzida no estômago por endoscopia, sem internação, que, depois de insuflada com uma solução líquida, reduz a capacidade gástrica e promove sensação de saciedade mais precocemente. Esse método, que precisa ser repetido a cada seis meses, no máximo, não é um tratamento definitivo contra a obesidade.
Fontes:
(21) 2226-6391
(21) 2226-6392
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