A obesidade é uma doença que afeta todos os aspectos da vida do paciente: físico, psíquico, familiar, social, sexual etc. Quando o tratamento clínico – que envolve dieta, exercícios físicos, medicação e acompanhamento multiprofissional – mostra-se ineficaz, o método cirúrgico deve ser considerado.
Nos casos de obesidade mórbida, em que o índice de massa corporal (IMC, medido pelo peso dividido pela altura ao quadrado) é superior a 40, o tratamento cirúrgico é o único reconhecidamente eficaz para perda de peso e manutenção da redução ponderal em longo prazo, conforme consenso internacional estabelecido em 1991, nos Estados Unidos.
São muitos os benefícios da cirurgia bariátrica para o aumento da qualidade de vida de pessoas obesas. Confira sete deles.
Para a maioria dos pacientes, a cirurgia bariátrica está associada à perda massiva de peso, ao controle e, alguns casos, até mesmo à cura de mais de 20 comorbidades relacionadas à obesidade (confira a lista completa – link para o 1º post). No caso do diabetes tipo 2, especificamente, o tratamento cirúrgico leva à remissão da doença, uma vez que reduz a resistência do organismo à insulina e melhora o nível glicêmico. Alguns pacientes bariátricos deixam o hospital com taxa de açúcar no sangue normal e sem necessidade de medicação antidiabética.
Certos procedimentos bariátricos alteram a anatomia do trato gastrointestinal (estômago e sistema digestivo), afetando a produção de hormônios do intestino. Com isso, reduzem a fome e o apetite e aumentam a sensação de saciedade. O resultado final é a redução no desejo de comer e na frequência da alimentação.
A cirurgia bariátrica pode melhorar uma série de condições e ações biológicas – ou seja, provocar alterações hormonais – para reverter a progressão da obesidade. Estudos mostram que mais de 90% dos pacientes bariátricos conseguem manter a perda de peso em longo prazo, eliminando 50% ou mais do excesso de peso corporal.
Estudo publicado em um periódico científico dos Estados Unidos, com pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, mostrou que, em um período de três anos, diminuiu a ausência do trabalho por motivos de saúde. Também houve redução de uma condição conhecida como presenteísmo – quando alguém está presente de corpo do trabalho, mas não produz como poderia por questões de saúde, como a depressão.
A perda significativa de peso proporcionada pela cirurgia bariátrica estimula o paciente a praticar atividades físicas, como caminhar, andar de bicicleta e nadar. Combinados com a redução de peso, os exercícios melhoram a capacidade corporal de queimar gordura, levam a uma atitude mais positiva e diminuem os níveis de estresse. Outra consequência da cirurgia, por conta da grande perda de peso, é a redução de hormônios como a insulina (usada para regular os níveis de açúcar) e o cortisol (hormônio do estresse).
Vários estudos mostram que obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica têm menor risco de morte do que aqueles que não passaram pelo procedimento. Em um deles, constatou-se, ao longo de um período de observação de 5 anos, que em pessoas operadas a redução da mortalidade foi até 89% maior em relação a quem não fez a cirurgia. Outro grande estudo comparativo das taxas de mortalidade de pacientes bariátricos e não bariátricos demonstrou que a morte associada à diabetes teve redução superior a 90%, enquanto os óbitos relacionados a doenças cardiovasculares foram reduzidos em mais de 50%.
Além de afetar positivamente a saúde física e a longevidade, a perda de peso cirúrgica melhora a qualidade de vida como um todo. Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentam, em sua maioria, ganhos nos relacionamentos interpessoais, mais oportunidades no mercado de trabalho e aumento da autoestima.
Fontes:
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